O Instituto Municipal de Fiscalização e Licenciamento Ambiental - IMFLA divulgou o relatório socioambiental sobre os impactos prováveis que o barramento ou não-barramento do Rio Arrombado poderia causar nos ecossistemas envolvidos. A apresentação do diagnóstico geoambiental - estudo conduzido pela equipe técnica do IMFLA, sob a coordenação do Presidente José de Arimatea da Silva, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Icapuí - SEDEMA, Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - COGERH e Fundação Brasil Cidadão - aconteceu durante Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores, na sexta-feira (28/11).
A audiência pública foi realizada para demonstrar à população das comunidades banhadas pelo Rio Arrombado, e demais interessados nas questões ambientais, a problemática existente quanto à decisão de barrar ou não o rio. De acordo com dados levantados durante o estudo, os impactos causados pelo barramento e não barramento afetam de diversas formas os ecossistemas existentes naquela região. O estudo teve como objetivo, realizar um Diagnóstico Geoambiental do Rio Arrombado, considerando os aspectos socioambientais, os impactos atuais e a relação do barramento do rio com esses impactos ou a aceleração deles após a abertura para o mar.
De acordo com o relatório apresentado, ficou evidenciado o comprometimento das nascentes e margens do alto, médio e baixo curso, observando-se que na região da bacia há grandes projetos de fruticultura irrigada, em operação e abandonados. Além da perda de diversidade biológica ocasionada pela instalação de grandes empreendimentos, somam-se as atividades de subsistência que, através de desmatamento e queimadas nas matas ciliares e bosques de carnaubais, têm causado o empobrecimento do solo, fator bem relevante em diversos pontos, principalmente, na região da Ariza. Outros problemas encontrados foram: Degradação de nascentes e sobrexplotação de poços; Desmatamento da vegetação ciliar; Ocupação das áreas de preservação permanentes; Construção de barragens; Criação de gado (bovinocultura); Atividades turísticas (lazer e outras atividades, porém atualmente com pouca intensidade); Mortandade do coqueiral;
Sobre o resultado da Audiência Pública o Presidente do IMFLA, José de Arimatea, afirmou que "a preocupação maior da população que vive às margens do Rio Arrombado deve ser com a conservação, o bem-estar das comunidades, a preservação das nascentes, para então discutirem o problema do barramento ou não do rio". Arimateia acrescentou ainda que serão realizadas reuniões com os moradores da bacia do Arrombado, para aprofundar identificar as reais necessidades de cada um, bem como a relação destes com o rio e apontar as áreas que necessitam de recuperação.
Serão encaminhadas aos órgãos competentes a proposta de criação de uma Unidade de Conservação Ambiental, inserindo a problemática nos planos do Governo do Estado do Ceará no tocante as questões ambientais. Outra proposta apresentada pelos vereadores seria levar a causa até a Cãmara Federal, para uma discussão mais ampla.
O Diagnóstico Geoambiental sobre o Rio Arrombado está disponível no link abaixo:
Fonte:http://www.icapui.ce.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário