Na solenidade, a presidente fez um novo aceno ao Congresso ao elogiar as mudanças feitas na proposta
Brasília.
Na cerimônia de sanção do projeto de lei que destina os royalties do
petróleo para a educação e para a saúde, aprovado pelo Congresso
Nacional no mês passado, a presidente Dilma Rousseff disse que, apesar
dos avanços na área educacional, ainda há muito por fazer. Lançando mão
mais uma vez do discurso adotado após as manifestações de junho, ela
afirmou que o projeto contempla dois pactos, o pela educação e pela
saúde, que "são fundamentais".
A
presidente agradeceu em particular ao relator da matéria, deputado
André Figueiredo (PDT-CE), que entrou em rota de colisão com o governo
FOTO: AG. BRASIL
"Apesar do grande avanço, sabemos que é
fundamental melhorar a qualidade do serviço que prestamos nessas duas
áreas", afirmou. A presidente justificou ainda a necessidade de se
investir em educação citando um educador americano. "Ele disse: ´se você
acha a educação cara, experimente a ignorância´. A frase mostra
claramente o preço que se paga por não se ter educação para todos e
educação de qualidade, e o mesmo vale para a saúde", disse a presidente
petista. Ela acrescentou que não se pode economizar quando se trata de
educação.
Para Dilma, a decisão "uniu as forças do nosso País, as
forças políticas, sociais e econômicas". A presidente também disse que o
Parlamento "inovou" ao propor a vinculação de 25% dos recursos do
petróleo para a saúde. "É indiscutível a relevância dessa questão, que
vai ao encontro a uma das principais questões da nossa sociedade",
disse.
Dois dos mais próximos ministros à presidente Dilma
Rousseff, Aloízio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde),
classificaram como "momento histórico" a sanção do que deve ser um dos
carros chefes da campanha de Dilma nas eleições de 2014.
A
presidente queria que todo o dinheiro dos royalties fosse para a
educação, mas acabou concordando com a mudança feita pelos
congressistas.
Recursos
De acordo com o
Planalto, estima-se que a nova lei permitirá destinar na próxima década
cerca de R$ 112,25 bilhões para a educação e para a saúde nas três
esferas administrativas.
Só a União deverá desembolsar algo em
torno de R$ 56 bilhões, segundo estimativas iniciais. O governo deverá
efetuar o primeiro repasse, no valor de R$ 770 milhões, ainda neste ano.
Ele se refere aos campos de petróleo já em exploração.
Na
solenidade, a presidente Dilma Rousseff fez um novo aceno ao Congresso
Nacional ao elogiar as mudanças que aperfeiçoaram a proposta.
Ela
agradeceu em particular ao relator da matéria na Câmara dos Deputados,
deputado André Figueiredo (PDT-CE), que entrou em rota de colisão com o
palácio por diversas vezes durante a tramitação da proposta.
Segundo Dilma, sua busca por "consenso" se mostrou "aguerrida" e, segundo ela, gerou uma "importante e histórica contribuição".
Fonte: Diário do Nordeste
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