Como é bem sabido, ou aprendido nos bancos escolares nas aulas de história, o negro teve um papel crucial na nossa economia colonial. Vindos do continente africano a força, tirados do seio familiar e da terra, embarcava nos navios tumbeiros para suprir as necessidades de mão de obra nos canaviais. Durante séculos os negros serviram de mão de obra para os senhores de engenho, os doces açúcares ingeridos pelos europeus amargava na boca dos negros.
O tratamento dispensado ao negro era bem simples, três P: pão, pano e pau. O negro nunca se redimiu a escravidão, sempre que podiam se rebelavam. O negro que mexeu nas estruturas da sociedade escravocrata foi Zumbi, líder dos Quilombos dos Palmares, depois de Ganga Zumba, tio de Zumbi. Zumbi organizou guerrilhas para combater os portugueses que queriam manter a escravidão eternamente e tratar o negro como mercadoria.
Durante anos Zumbi lutou contra os portugueses, foram muitas expedições lideradas por bandeirantes para destruir Palmares, sem resultados. No entanto um delator, Antonio Soares, comandante de Zumbi dos Palmares. Nossa história é cheia de traidores que traem a causa por benesses pessoais. O esconderijo de Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, Zumbi foi morto numa emboscada, esquartejado e decapitado, sua cabeça ficou exposta na cidade de Olinda, Pernambuco. Sem uma liderança Palmares resistiu até 1710, quando se desfez definitivamente.
Até hoje nós temos os descendentes dos antigos moradores dos quilombos, chamados de quilombolas, vivem em áreas demarcadas pelo governo e tentam manter suas tradições.
Em 2003, por meio de uma lei, esse dia foi declarado como o Dia Nacional da Consciência Negra. Essa mesma lei tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Agora, em todas as escolas do país, os alunos estudam a história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei que institui o Dia Nacional de Zumbi e da
Consciência Negra. O texto da Lei nº 12.519/11 aponta que a comemoração será anual, em 20 de novembro, lembra a data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares. O assassinato de Zumbi ocorreu no ano de 1695.
O mínimo que se poderia fazer em relação aos sofrimentos aplicados aos negros de maneira covarde. Que essa data seja de reflexão, pois em nosso meio existe ainda muito preconceito com o negro, discriminação em achar que todo negro não presta.
Nesse dia merece uma referência especial o Ministro STF Joaquim Barbosa que tem dado exemplos de ética no seu ofício de julgar os mensaleiros, coisa que os brancos não tiveram coragem de fazer, precisou de um negro para mostrar aos políticos que o Brasil tem Lei e quem infligir às leis vai responder judicialmente, creio que agora os corruptos vão pensar duas vezes em meter a mão no dinheiro público.
Da autoria do Professor Wellington Pinto
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