Poesia: CONFESSO, NÃO VOU VOTAR

MEU SENHOR, MINHA SENHORA
DE ICAPUÍ E REGIÃO
QUE ACOMPANHA O POETA
NA SUA INICIAÇÃO
VOU ESCREVER O QUE PENSO
CONFESSO NÃO SER EXTENSO
NA MINHA COMPOSIÇÃO.

VOU DIZER COM MINHA RIMA
UMA VERDADE POLIDA
NÃO VOU VOTAR POR SIMPATIA
NEM POR COPO DE BEBIDA
NÃO VOU VOTAR NA PROMESSA
QUE HOJE CHEGA ÀS PRESSAS
E AMANHÃ É ESQUECIDA.

NÃO VOU VOTAR NA DEMAGOGIA
NEM NA TAL DA CORRUPÇÃO
NÃO VOU VOTAR NO DISCURSO
CARREGADO DE EMOÇÃO
NÃO VOU VOTAR NA PESSOA
QUE ANUNCIA UMA VIDA BOA
E NÃO FAZ NADA PRO POVÃO.

NÃO VOU VOTAR NA AREIA
LEVADA EM UM CAMINHÃO
NÃO VOU VOTAR NO CIMENTO
QUE SAI SEMPRE DO GALPÃO
NÃO VOU VOTAR NO DINHEIRO
QUE CIRCULA SORRATEIRO
NO PERÍODO DE ELEIÇÃO.

NÃO VOU VOTAR EM PRESENTE
COMO UMA BONITA CAPA
NÃO VOU VOTAR EM CARONA
OU EM UM PRATO DE PAPA
NÃO VOU VOTAR NESSA GENTE
QUE HOJE ESTÁ BEM PRESENTE
E AMANHÃ SOME DO MAPA.

NÃO VOU VOTAR EM GASOLINA
VOTO NÃO É MERCADORIA
NÃO VOU VOTAR EM MADEIRA
USADA NA MARCENARIA
NÃO VOU VOTAR EM LADRÃO
VOTO É A ARMA DO CIDADÃO
QUE DEFENDE A CIDADANIA

De autoria do Profº. Antõnio José