sábado, 14 de abril de 2012

Há 100 anos afundava o Titanic

Ao anoitecer do domingo de 14 de abril de 1912, a temperatura tinha caído para quase congelamento e o oceano estava calmo. A lua não era visível (estando dois dias antes da Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos avisos de icebergs recebidos pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que levava o navio um pouco mais o sul.
 Às 13h45min daquele dia, uma mensagem da embarcação Amerika avisou que grandes icebergs estavam no caminho do Titanic, porém, já que Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do dispositivo Marconi de rádio, eram empregados da Marconi e pagos para retransmitir mensagens de e para os passageiros, eles não estavam focados em retransmitir para a ponte mensagens “não essenciais” sobre gelo. Mais tarde, naquela noite, outro aviso de um grande número de icebergs, desta vez da embarcação Mesaba, também não chegou à ponte.
Às 23h40min, enquanto navegavam a 640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova, os vigias do mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um iceberg bem em frente do navio. Fleet imediatamente tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a ponte. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido pelo sexto oficial Paul Moody, quando Fleet gritou: “Iceberg bem em frente”.
O Primeiro Oficial William Murdoch deu ao timoneiro Robert Hitchens a ordem de “tudo a bombordo” (esquerda), e ajustou as máquinas para ré ou para parar, o testemunho dos sobreviventes é conflituoso. A proa do navio começou a deslocar-se do obstáculo e, 47 segundos após o avistamento do iceberg, houve o choque.
O iceberg “arranhou” o lado estibordo (direito) do navio, deformando e cortando o casco, e soltando os rebites abaixo da linha d’água por uma extensão de 90 m. Enquanto a água entrava nos compartimentos dianteiros, Murdoch acionou o fechamento das portas à prova d’água. O navio conseguiria ficar flutuando com quatro compartimentos inundados, mas os cinco primeiros compartimentos foram rasgados e estavam com água. Os compartimentos inundados faziam a proa do navio ficar mais pesada, causando a entrada de mais água.
Vinte minutos após a colisão, a proa já começava a inclinar. Além disso, por volta de duas horas após a colisão, a água começou a passar do sexto para o sétimo compartimento sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith, alertado pelo solavanco do impacto, chegou à ponte e ordenou parada total. Pouco depois da meia-noite de 15 de abril, após uma inspeção feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados.
Com 2.240 pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1.523 pessoas, hierarquizando-o como uma das piores catástrofes marítimas de todos os tempos. O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como “inafundável”.
(Wikipédia)
Fonte: Blog do Eliomar/ O POVO

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