Suspeitos levaram R$ 164,7 milhões no dia 9 de agosto de 2005.
Na semana de estreia do filme sobre caso, moradores evitam o tema.
Túnel de 80 metros em zigue-zague passou, a 4m de profundidade, por baixo da Avenida Dom Manuel, Centro de Fortaleza. No canto direito, o banco. (Foto: Leonardo Heffer/G1)
Na semana de estreia do filme que retrata o assalto ao prédio do Banco Central, o G1 voltou ao 1.071 na Rua 25 de Março, no Centro de Fortaleza, de onde começava o túnel escavado por criminosos para chegar ao cofre do Banco Central assaltado há cerca de seis anos. “Não está gravando não, né?”, assim começaram quase todas as conversas dos vizinhos da casa com a reportagem.
O filme ''Assalto ao Banco Central'', dirigido por Marcos Paulo, estreia nesta sexta-feira (22), e relembra a história do maior assalto a banco do País. Com receio de que os criminosos façam alguma represália, os moradores preferem esquecer os dias que antecederam o 9 de agosto de 2005.
“Ninguém sabe se todos foram presos ou não. E são pessoas que não conhecemos. Então ninguém sabe o que pode acontecer com a gente não é?”, diz um dos vizinhos, que prefere não ser identificado. “Foi uma coisa cinematográfica”, diz outro vizinhos. “Foi incrível mesmo. Ninguém viu nenhum movimento estranho, nada. Nem durante o dia nem durante a noite”, comenta o vizinho.
Por um túnel de 80 metros que começava em um dos cômodos da casa, suspeitos passaram por debaixo de várias residências e estabelecimentos comerciais e até mesmo de uma das avenidas mais movimentadas de Fortaleza, a Avenida Dom Manuel. Eles conseguiram o objetivo: chegar ao cofre do Banco Central, de onde levaram R$ 164,7 milhões.
A casa permanece fechada. Atualmente o imóvel tem fachada nas cores branca com azul no lugar do verde da época do roubo. “O dono vem só a noite”, dizem alguns moradores. O vizinho da casa, que de acordo com moradores é da família do dono do imóvel, se aborrece quando o assunto é o assalto. “Não temos mais nada a dizer sobre isso. A casa permanece fechada desde o assalto, não foi alugada”. Quando questionado se o dono vem ver a casa com frequência, ele se limita apenas a confirmar, mas sem dizer a frequência.
Vizinhos também não sabem dizer quando o dono da casa vai ao local. “Já o vi de manhã, ele entra verifica como está a casa e vai embora”, diz outra vizinha que pede para não ser identificada.
Fonte:http://g1.globo.com
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