quinta-feira, 14 de abril de 2011

China defende reforma no Conselho de Segurança da ONU

    Hu Jintao e Dilma Rousseff quando passavam as tropas em revista, ontem, em Pequim. (STUCKERT FILHO/ABR)Hu Jintao e Dilma Rousseff quando passavam as tropas em revista, ontem, em Pequim. (STUCKERT FILHO/ABR)
    Em nome da promoção do “desenvolvimento, da democracia, dos direitos humanos e da justiça social’’, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Hu Jintao, reafirmaram ontem parcerias nas quais garantem a manutenção de um Comitê Conjunto de Defesa e uma série de acordos de cooperação na área. Na presença de Dilma, Hu Jintao defendeu a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas de tal maneira que se torne mais “eficiente e capaz’’. As informações são da Agência Brasil.

    A reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é tema considerado prioritário na política externa brasileira. “Neste contexto, a China e o Brasil apoiam uma reforma abrangente da ONU, incluindo o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança como uma prioridade’’, diz o comunicado conjunto divulgado hoje.

    Para o governo Dilma, a estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2ª Guerra Mundial, não corresponde ao mundo atual. Por isso, o esforço é para ampliar o número de cadeiras de 15 cinco permanentes e dez provisórias para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular.

    “A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas’’, acrescenta o documento.

    Mais espaço
    De acordo com o comunicado, Dilma e Hu Jintao concordam que os países em desenvolvimento merecem ampliar seu espaço no cenário político internacional, por isso pretende ampliar o diálogo em busca dessa conquista. Paralelamente, China e Brasil defendem a atuação da ONU como mediadora de negociações internacionais.

    “(Os presidentes da China e do Brasil) reiteraram seu comprometimento com o multilateralismo e expressaram seu apoio ao papel central da ONU na solução de grandes questões internacionais. Reafirmaram (ainda) a necessidade da reforma da ONU, de forma a torná-la mais eficiente e capaz de tratar dos desafios globais atuais’’, completa o documento final. (da Folhapress)

    Por quê
    ENTENDA A NOTÍCIAO apoio da China ao pleito brasileiro por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU tem grande significado porque, ao mesmo tempo, beneficia o Japão, país com o qual os chineses mantêm rivalidade histórica.




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