sexta-feira, 17 de maio de 2013

Brasil quer recrutar médicos estrangeiros a trabalhar em áreas mais pobres


Brasil planeja contratar médicos estrangeiros, sobretudo Espanha, Portugal e Cuba, para trabalhar no pobre interior do país, onde eles não gostam de se mudar para os médicos locais. Conselho Federal de Medicina (CFM) não concorda com a iniciativa do Governo,particularmente no que diz respeito aos médicos assalariados em Cuba , e exige a intenção de trabalhar no país para passar antes do exame de revalidação.
Carlos Vidal, vice-presidente do CFM afirma que Cuba "graduados em medicina em escala industrial com formação abrangente". Ele acrescenta: "Pelos padrões do Brasil cubanos não poderia mesmo fazer os procedimentos banais, como uma traqueotomia".
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o partido do governo (PT), chegou a dizer que o governo ainda está "analisando o modelo a adotar" com os médicos. De acordo com Padilha, existem agora apenas duas certezas no governo: primeiro, que não há o reconhecimento automático de diplomas médicos e, portanto, estrangeiros que desejam praticar no Brasil terão de passar por exames e testes. O segundo, também não aceitamos profissionais de países onde o médico-população, pior do que o Brasil, que é de 1,7 médicos por mil habitantes.
O governo, incentivado pelos prefeitos das localidades pobres do interior, longe de grandes cidades como São Paulo, Rio ou Belo Horizonte insiste em que os médicos estão faltando, e que menos de dois por mil não são suficientes. Mas eu acho que a maior parte dos profissionais de saúde brasileiros que acreditam que o problema é bastante grave falta de instalações médicas nesses lugares remotos no interior, impedindo-os de se aperfeiçoar em sua profissão e faz com que aqueles que não têm família encontrado, por exemplo, escolas de qualidade para seus filhos.
E o medo é que os médicos chegaram do exterior, uma vez observado no chão a situação de trabalho precário desses centros no interior do país, acabam deixando as grandes cidades, ocupando os cargos de médicos locais.
A tal ponto que o risco é real de que o Ministro da Educação, Aloisio Mercandante já avisou que os médicos que saem terá de se comprometer a permanecer no lugar certo, no mínimo, três anos. O mesmo ministro Padilha ressaltou que confirmou que estes médicos trabalham "exclusivamente em áreas pobres" do país.
O salário que hoje o governo oferece esses médicos pendentes para as áreas mais carentes e áreas remotas, é de 8.000 reais (4.000 dólares), além de pontos para o currículo médico.
O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Floriano Cardoso foi dito, sobre a possibilidade de contratação de médicos estrangeiros sem "rígidos testes de conhecimento, habilidade e habilidades" que o governo vai acabar por ser "diretamente responsável pela erros, complicações e mortes que podem ocorrer ocasionalmente se os médicos incompetentes para a população ".
A Academia de Medicina do Brasil, que reúne os médicos de ponta, não como tal, um parecer sobre o próprio curso controvérsia. Um de seus membros, o professor de medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) José Augusto Messias, criador brasileiro de um piloto no mundo da medicina do adolescente no Hospital Universitário Pedro Ernesto Rio tem assegurado El País que "não há uma emergência de saúde no país para justificar a medida extrema de importar médicos estrangeiros", concordando isto com a visão do CFM. Ele acrescenta que a "assistência médica parente pobre em certas regiões do país, é devido a erros históricos nas políticas públicas para as carreiras médicas ".
Messias fez questão de frisar que "ninguém pode opor-se ao emprego de estrangeiros no Brasil para qualquer profissional", respeitando as leis a este respeito, como as já existentes, a fim de praticar a medicina.
Usando a ironia, gastroenterologista brasileira acrescenta que há algo de positivo na proposta do Governo: "Isso mostra que no país de desigualdades sociais, o acesso a serviços públicos de saúde também é desigual." E conclui perguntando se é possível que 400 mil médicos brasileiros não são capazes de atender a uma população de menos de 200 milhões.
Essa é a controvérsia em curso. Mas as autoridades em áreas pobres, às vezes miseráveis, muitas horas de barco, de avião ou de carro áreas civilizadas, comentário desanimado: ". Pessoas pobres continuarão a morrer sem médico brasileiro, espanhol ou cubanos"
Fonte: El País da espanha

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