terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Eduardo Campos diz que críticas de Ciro não são novidade. Ele não virá para esta de Lula no Ceará


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Sempre apontado como candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), evitou, nesta segunda-feira, polemizar com seu correligionário, ex-ministro Ciro Gomes, que afirmou, neste fim de semana, em Fortaleza, que o considera desprovido de visão e de projeto para o País.

“Discordo da opinião dele e essa não é a opinião do partido”, reagiu Campos, presidente nacional do PSDB, nesta segunda, depois de fazer palestra na abertura de seminário promovido pela revista Carta Capital, no Recife, com o tema “Nordeste: como enfrentar as dores do crescimento”. No evento, Campos defendeu que para crescer no século 21 de forma mais equilibrada – depois de por fim à inflação e aumentar a distribuição de renda -, o Brasil precisa reduzir as desigualdades regionais.
Ele destacou que as desigualdades – que não se limitam ao Nordeste, mas se estendem também pelo Sudeste e região de fronteiras – devem ser superadas como forma de “não reproduzir o mesmo padrão dos 500 anos de história do País, onde alguns vivem uma realidade que se assemelha aos melhores países da Europa e outros moram em situações que se assemelham às piores condições vividas no território africano”.
CIRO GOMES
“Isso não é nenhuma novidade, ele (Ciro) vem falando isso, só que desta vez ele falou em relação a Dilma, a Aécio, a Marina, a todos”, disse ao comentar que a crítica de Ciro referiu-se também à presidente – lançada à reeleição semana passada pelo ex-presidente Lula – e aos possíveis candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva, que está criando um novo partido, o Rede Sustentabilidade.
Indagado se o caminho de Ciro será a saída do PSB, o governador observou que o PSB é um partido democrático, no qual as pessoas têm direito de ter suas opiniões. “Mas o debate sobre o que o partido vai fazer ou deixar de fazer deve ser travado no momento certo, nas instâncias certas”, afirmou.
Sobre uma eventual movimentação do governo federal para tirar o PSB do páreo na disputa presidencial em 2014 – com a eventual ajuda dos irmãos Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará – Eduardo reiterou o discurso de que o partido não está pensando nisso. “É hora de juntar o Brasil, discutir o que interessa com a população”, disse, ao frisar “o tamanho do desafio que o País tem pela frente: vencer as desigualdades regionais”.
AUSÊNCIA
O governador disse que não irá comparecer ao encontro do PT em Fortaleza, dentro das comemorações dos 10 anos da legenda no governo federal – “o partido será representando pelo vice-presidente Roberto Amaral”.
(Com Agência Estado)
Visto no blog do Eliomar

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