Com o revés político, o tucano de 63 anos diz dedicar mais atenção a suas empresas – entre elas a Coca-Cola local e o Shopping Iguatemi – do que às “picuinhas” das campanhas eleitorais. Apesar dos inúmeros pedidos, Tasso se recusou, este ano, a gravar mensagem pedindo votos para quem quer que fosse. Em mais de duas décadas, é a primeira eleição em que o ex-governador não tem papel preponderante. Nem o candidato do PSDB em Fortaleza, Marcos Cals, pôde contar com seu apoio público. Filho do ex-ministro César Cals, um dos coronéis abalroados do poder por Tasso na década de 80, Marcos tem 3% das intenções de voto, segundo o Ibope.
A perda de força política de Tasso, que foi governador três vezes, é visível. No domingo (7), a estimativa é que o PSDB consiga eleger cerca de 15 prefeitos em 184 municípios cearenses. Enquanto isso, seus ex-apadrinhados Ciro e Cid Gomes – este, atual governador – , esperam conquistar de 70 a 80 prefeituras. Além da estrutura do PSB, eles contam com aliados como o PSD de Gilberto Kassab e o PRB do ministro Marcelo Crivella (Pesca). A bancada tucana na Assembleia tem hoje dois deputados. Nos anos 90, o PSDB chegou a ocupar 36 das 46 cadeiras.
Nas palavras de Heitor Férrer, candidato do PDT à prefeitura em Fortaleza, Tasso “é um menino frente aos coronéis de hoje”. Considerados amigos fraternais por mais de duas décadas, Tasso e Ciro romperam em 2010, quando os Ferreira Gomes se uniram ao PT e derrotaram o tucano, candidato à reeleição no Senado. A história política de Tasso com os Ferreira Gomes, em particular com Ciro, repete a fábula da criatura que se volta contra o criador. (As informações são do jornal Estado de São Paulo)
VISTO NO BLOG DO ELIOMAR
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