quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poesia: BURAQUEIRA

 Copiado do blog Icapuí Poético

Profº Antônio José 

PARA QUEM TEM UM VEÍCULO
E CUIDA DA SUSPENSÃO,
A BURAQUEIRA AVISA:
“AQUI SÓ TEM CACIMBÃO
CUIDADO COM A MANOBRA,
BURACO AQUI TEM DE SOBRA,
CARRO SÓ SE FOR DE MÃO”.

SE VOCÊ ANDA DE MOTO,
OUÇA O QUE VOU DIZER:
“O ZIGUEZAGUE É MUI GRANDE
NÃO DÁ PRA VOCÊ CORRER.
BURACO AQUI TEM DE SOBRA,
CUIDADO COM A MANOBRA,
QUER MORRER OU QUER VIVER”?

É BURACO NA ESTRADA,
BURACO NO CALÇADÃO,
BURACO POR TODO LADO
QUE VIRA ATÉ DIVERSÃO
E O POLÍTICO SEMPRE DIZ,
BARREIRAS SERÁ FELIZ,
DEPOIS DESSA ELEIÇÃO.

SE VOCÊ ANDA DE BICICLETA,
 CELA NENHUMA TEM CONFORTO.
A BACIA FICA QUEBRADA,
VOCÊ TAMBÉM FICA TORTO.
O ARO FICA EMPENADO,
O PNEU ARREBENTADO,
QUEM TÁ VIVO, FICA MORTO.

SE VOCÊ ANDA A PÉ,
CUIDADO NO TROPICÃO.
PEDRA VAI E PEDRA VEM
É ASSIM NO CALÇADÃO.
E A ESTRADA UM PERIGO,
SE TROPEÇAR EU LHE DIGO,
CAI COM A CARA NO CHÃO.

E O TURISTA O QUE DIZ?
NO VOLANTE ABRE O BOCÃO:
“ISSO É ESTRADA DE GENTE
AQUI NÃO VENHO MAIS NÃO
VOU LEVAR ESSA IMAGEM
PRA FAZER OUTRA VIAGEM
PASSO AQUI DE AVIÃO".

A AREIA TOMA CONTA
DO ASFALTO ARRUINADO.
SE NADA FOR FEITO JÁ
SÓ BUGRE OU CARRO TRAÇADO
OU ENTÃO O CAVALINHO,
O JUMENTO OU O BURRINHO,
PARA QUEM ANDA MONTADO.

ESSE CORDEL É UM GRITO
DE UM LUGAR ABANDONADO.
QUE PEDE INFRAESTRUTURA
PENSANDO SER PROJETADO.
LUGAR DE GENTE GUERREIRA,
NÃO DE TANTA BURAQUEIRA
QUE ISSO SEJA PASSADO.

TERMINO AQUI MEU CORDEL,
PONHO FIM NA MINHA RIMA.
O MEU CANTO SERÁ OUTRO,
BARREIRAS QUE ÉS DE CIMA
QUANDO CHEGAR A SOLUÇÃO,
PARA ESTRADA E CALÇADÃO,
QUE HOJE VIVE EM RUÍNA.

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