Agenda do encontro se perdeu em meio à confusão europeia
Fernando Valeika de Barros, de Cannes
Dilma e Sarkozy na chegada à reunião do G20: tema grego roubará o espaço de discussões regulatórias (Lionel Bonaventure/AFP)
Bagunçada pela crise grega e o risco de contágio a curto prazo a outras economia europeias, o G20, que começa nesta quinta-feira em Cannes, no Sul da França, trocou o sol e o céu azul de poucos dias por uma atmosfera cinzenta e com chuva persistente. Alteração semelhante aconteceu com a própria agenda do encontro - transformada em uma improvisada tentativa para impedir que a quase falência grega e a crise das dívidas dos países faça os mercados desabarem ainda mais.
Assim como em 2008, quando o primeiro encontro dos países do G20 aconteceu em Londres, em meio ao caos da crise financeira mundial, a cúpula de Cannes também se dá em um momento delicado, fato que mudou a agenda original do encontro. Anteriormente, a pauta seria a regulação dos mercados – acima de qualquer outra. Reformas no sistema financeiro internacional, novas normas de gestão e responsabilidade dos bancos, volatilidade no mercado de commodities e a discussão de soluções para o mercado de câmbio estavam entre os principais subtemas do evento.
"A reunião do G20 há três anos, em Londres, já mostrou ser eficaz para criar mecanismos para ativar o crescimento mundial", escreveu o francês Jean-David Levitte, conselheiro diplomático de Sarkozy na revista oficial do encontro. "Naquela época, a mensagem de reparar o sistema financeiro internacional , renunciar ao protecionismo e reformar as instituições internacionais foi clara". No entanto, hoje, com tantos interesses divergentes entre os membros do clube do G20 (que representa 83% do PIB mundial), sobrou na mesa um punhado de boas intenções e uma proposta: resolver, de uma vez por todas, a questão grega e, quem sabe, avançar nas discussões sobre taxar as transações internacionais. "A taxa sobre as transações financeiras é um mecanismo bastante eficaz para ajudar países mais vulneráveis", afirma Levitte.
"A questão é que, enquanto os discursos para salvar a economia mundial eram preparados, a Europa mergulhou em uma crise grave de endividamento"", diz um diplomata francês. Assim, em vez de encontrar uma solução - que parecia desenhada há uma semana, em Bruxelas - os europeus mergulharam em incertezas, mostrando-se pouco capazes de resolver seus próprios problemas.
O momento delicado para europeus (e também para norte-americanos) pode abrir a porta para outros protagonistas. A começar pela China, que detém cerca de 500 bilhões de euros em títulos da dívida europeia e pode ser a salvação dos fundos de resgate propostos para ajudar a Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Brasil e Rússia também já se prontificaram a ajudar por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Assim como em 2008, quando o primeiro encontro dos países do G20 aconteceu em Londres, em meio ao caos da crise financeira mundial, a cúpula de Cannes também se dá em um momento delicado, fato que mudou a agenda original do encontro. Anteriormente, a pauta seria a regulação dos mercados – acima de qualquer outra. Reformas no sistema financeiro internacional, novas normas de gestão e responsabilidade dos bancos, volatilidade no mercado de commodities e a discussão de soluções para o mercado de câmbio estavam entre os principais subtemas do evento.
"A reunião do G20 há três anos, em Londres, já mostrou ser eficaz para criar mecanismos para ativar o crescimento mundial", escreveu o francês Jean-David Levitte, conselheiro diplomático de Sarkozy na revista oficial do encontro. "Naquela época, a mensagem de reparar o sistema financeiro internacional , renunciar ao protecionismo e reformar as instituições internacionais foi clara". No entanto, hoje, com tantos interesses divergentes entre os membros do clube do G20 (que representa 83% do PIB mundial), sobrou na mesa um punhado de boas intenções e uma proposta: resolver, de uma vez por todas, a questão grega e, quem sabe, avançar nas discussões sobre taxar as transações internacionais. "A taxa sobre as transações financeiras é um mecanismo bastante eficaz para ajudar países mais vulneráveis", afirma Levitte.
"A questão é que, enquanto os discursos para salvar a economia mundial eram preparados, a Europa mergulhou em uma crise grave de endividamento"", diz um diplomata francês. Assim, em vez de encontrar uma solução - que parecia desenhada há uma semana, em Bruxelas - os europeus mergulharam em incertezas, mostrando-se pouco capazes de resolver seus próprios problemas.
O momento delicado para europeus (e também para norte-americanos) pode abrir a porta para outros protagonistas. A começar pela China, que detém cerca de 500 bilhões de euros em títulos da dívida europeia e pode ser a salvação dos fundos de resgate propostos para ajudar a Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Brasil e Rússia também já se prontificaram a ajudar por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte:http://veja.abril.com.br
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