Artigo de autoria do professor Mauro Marciel
Vivemos um momento de muita reflexão em nossa cidade, pois vislumbramos nos últimos seis anos vários elementos que nos tem deixado tristes perante a dura realidade que nossa Icapuí apresenta. Tivemos muitas oportunidades para mudar essa realidade, mas nosso povo referendou o projeto atual, e, quem somos nós para contestar tal feito? O que de fato nos traz a escrever essa reflexão é a capacidade que teremos num futuro bem próximo de garantir novos rumos e ares para nossa cidade.
Devemos estar preparados e pensando em qual projeto político queremos para o futuro; se é um projeto desconexo de nossos anseios como o que está posto ou um projeto onde as forças políticas pensantes de nosso município possam juntas dar um norte para o crescimento e fortalecimento de nossas políticas públicas, garantindo um futuro mais digno e promissor para nosso povo? Diante de todas essas nuances, estamos vendo despontar em meio ao público, possíveis elegíveis para assumir o comando de nossa Canoa. Essa gama de nomes é salutar, pois aprimora o processo democrático e amplia a capacidade de avaliar o que ou qual projeto é melhor para nossos objetivos.
Dentro desse contexto quero citar os pré-candidatos do Partido dos Trabalhadores: Marcos Rebouças, Neto Rebouças e Jerônimo Reis. Quanto ao mérito de poder ser candidato todos podem, pois são devidamente filiados ao partido e como cidadãos Icapuienses tem esse direito. No quesito conhecimento podemos destacar que cada candidato possui seus pontos positivos e negativos, e, não nos cabe aqui apontar; quem deve fazer isso é nossa população em conjunto, vendo qual deles representará melhor nossas vontades e saberá conduzir um projeto consistente e coletivo.
No aspecto das escolhas é bom lembrarmos que um candidato precisa dispor de um projeto que possa englobar a coletividade, o bem comum, sem a necessidade de compadrios ou conchavos. Esses aspectos deverão ser bem observados pelos nossos cidadãos ao escolherem seu candidato no momento oportuno. Quanto ao comando do processo de escolha acredito que o Partido dos Trabalhadores deveria procurar conduzir com mais afinco, pois o que temos visto é que começam as disputas internas, e, isso não soma, mais diminui as discussões.
Temos sentido nos bastidores que isso pode nos prejudicar, pois o momento de discutir é chegado, mais o povo ainda tem relutado a participar. Observamos espaços de fomento para esse propósito, mais eles não têm sido suficientes para aprimorar o processo. Essa apatia da população, a falta de mobilidade do PT em gerenciar tal feito faz com que boatos de possíveis outros nomes, apoios e conjunturas tomem conta do cenário municipal como verdades. Isso é algo que tem nos preocupado, pois vemos a nossa cidade desfalecendo, o nosso povo que discutia e opinava agora calado a mercê de favores populistas que tem nos deixado a margem do processo de evolução que vem ocorrendo em nosso Estado e em nosso País.
Devemos fazer com que nossa população possa voltar a participar de nossas decisões não como meros fantoches, mais sim como atores pensantes que possam ter a capacidade de cobrar o que é devido de quem quer que seja, pensando não somente nos seus interesses mais sim no coletivo. Da forma como vem se desenrolando a escolha temo que seu desfecho possa apontar para rumos que não represente melhorias para nosso povo, pois um projeto político que se presa, visa antes de mais nada alguém que englobe a capacidade de conduzir com coerência, serenidade e democracia as decisões a serem tomadas.
Caros companheiros do Partido dos Trabalhadores se durante o processo democrático de escolha do candidato para o pleito que se aproxima não soubermos com grandeza ceder no momento oportuno e escolher nosso líder com cuidado, estaremos fadados a lutar mais uma vez por um projeto que antes de ser posto já começará falido, sem chances de tocar nosso povo e fazer com que possamos contar com dias melhores.
Mauro Marciel
Professor
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