O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello votou a favor da realização de manifestações em favor da descriminalização das drogas durante julgamento sobre o tema, nesta quarta-feira. Ele é o relator da ação, proposta pela Procuradoria Geral da República, para pôr fim à proibição de marchas da maconha.
"Opiniões devem ser aceitas, mesmo que chocantes", disse Celso de Mello durante sessão do STF. Julgamento sobre liberdade de expressão prossegue |
Para o ministro, a sociedade tem o direito de manifestar suas visões alternativas, o que também garante os direitos das minorias. “O estado não pode cercear o exercício do direito de reunião. Ainda que se trate de opiniões chocantes, audaciosas ou impopulares. Não é dado à polícia analisar a conveniência da reunião. O que cabe à polícia é a ordem e não a defesa de direitos privados ou de certos governantes”, disse.
Celso de Mello defendeu que o estado garanta - sem censuras e restrições - a proteção dos manifestantes. “Impõe-se ao estado o dever de respeitar a liberdade de reunião, que são manifestações expressivas: o comício, o desfile, a marcha, a procissão, a passeata. Elas são temidas pelos regimes déspotas e ditatoriais porque representam o direito do protesto, de crítica e de discordância”.
A sessão teve início às 14h30. Celso de Mello foi o único a votar até agora.
Mérito – No início de sua fala, o decano defendeu que a corte defina apenas se vai liberar a realização de manifestações favoráveis à descriminalização das drogas. Entidades favoráveis aos atos, proibidos em diversos estados, pleiteavam um debate mais amplo - sobre o cultivo em casa e o uso medicinal e religioso da maconha, por exemplo.
O relator disse não. Para Celso de Mello, o foco da discussão deve ser o seguinte: proibir as manifestações fere a liberdade de expressão?
Fonte:http://veja.abril.com.br
Fonte:http://veja.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário