A formação ética

A escola nos últimos tempos passou a fazer um discurso ressaltando seu total comprometimento com as questões éticas e morais.Tanto a escola quanto a família devem estar comprometidas com a formação moral e ética da criança e do adolescente.

Antes de tudo é preciso entender que os comportamentos éticos são absolutamente sociais. No isolamento não precisamos ser éticos ou morais. Aprendemos os comportamentos morais e éticos no contexto de uma sociologia e neste sentido é que tanto a família quanto a escola tem papéis a desempenhar.Se à família cabe a transmissão dos valores, à escola cabe o papel propriamente sociológico: o confronto das ideias (democracia) e a prática da cidadania (moral e ética).

É na escola que a juventude pode discutir e confrontar suas idéias, valores e diferenças. É nela que a condução moral de cada família e seus comportamentos devem ser ajustados à ética social e à lei (normas da sociedade). Os pais devem participar das atividades escolares, respeitando as autoridades educacionais, auxiliando assim a escola na construção do cidadão.

A família deve participar, estar junto de seus filhos em cada momento de suas vidas orientando, partilhando, fazendo escolhas e, após os 7 anos, verbalizando, conversando, explicando e justificando suas escolhas e valores. Pais que participam da vida de seus filhos desde muito cedo terão bom campo de diálogo na difícil fase da adolescência.

Os filhos têm que aprender o que é certo e o que é errado com seus pais, precisam respeitar as regras familiares e admirar aqueles com quem convivem (pais e mestres). Crianças assim terão referências morais e comportamentos éticos mais solidamente construídos.

José Milton Cerqueira

UM FILME:

A Língua das Mariposas
Trata-se de um filme brilhante que toca em questões fundamentais do processo educativo. Começando com a primeira escola e as expectativas da criança em iniciar seu processo escolar. O menino Moncho é surpreendido por um professor amigo quando suas expectativas eram de sofrer castigos físicos na escola. Mas Don Gregório, o professor, representa mais que um professor “bonzinho”. Ele representa as nascentes ideias “escolanovistas” (movimento denominado Escola Nova) que emergiam na Europa, particularmente com Celestin Frenet. O filme se passa na época em que a Espanha ferve às vésperas de sua guerra civil, quando professores vivem situação delicada devido aos seus posicionamentos políticos. Don Gregório encontra-se nesta delicada situação.

LEITOR 
INDICA

O PEQUENO PRÍNCIPE 
É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares.Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda o livro o peregrino) mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 línguas ou dialetos.

UM LIVRO:

O Pequeno Príncipe
de Antoine de Saint-Exupery
Uma fábula? Parábola? Não se pode dizer. Certo é que O Pequeno Príncipe não é uma obra apenas para crianças, mas um conjunto de pensamentos (filosóficos) que vão tocar cada um de nós das mais diferentes formas. Através de uma criança e sua fantástica viagem por diferentes planetas, o protagonista passa pela vaidade humana, o vício, os homens que não tem tempo, os que fazem ações inúteis e burocráticas, a ignorância e muitas outras situações e personagens para fazer o leitor pensar. Vale uma relida nos tempos difíceis em que vivemos.

Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas”

O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo”

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

Antoine de Saint-Exupéry 

Fonte: http://www.opovo.com.br