A semana que começa hoje trará grandes impactos para o Governo de Dilma Rousseff (PT). Após ter perdido o apoio do PRB recentemente, o PMDB, seu maior aliado, ameaça desembarcar. Amanhã os principais líderes do partido, inclusive o vice-presidente Michel Temer, decidirão se abandonam o governo petista.
De acordo com aliados de Temer, que herdaria a Presidência em caso de impeachment de Dilma, eles já conseguiram apoio de 80% dos delegados peemedebistas para impor o desligamento do Governo. Neste caso, legenda teria de devolver os sete ministérios que chefia. Um dos setores do PMDB mais próximos de Dilma, o diretório do Rio de Janeiro já anunciou que deve retirar apoio à petista.
No entanto, a ala ligada ao atual presidente do Senado, Renan Calheiros, trabalha para que a aliança com o PT continue. Além desse grupo governista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reunirá esforços para se sair bem em encontro do Temer e caciques do PMDB hoje. Embora esteja com a influência política fragilizada por recentes polêmicas com a Justiça, Lula ainda pode negociar apoio parcial dos peemedebistas na votação do impeachment de Dilma.
A saída do PMDB terá enorme peso na votação do impeachment de Dilma. Apesar de ela contar com a simpatia de parte da bancada, a resolução de romper formalmente com o Governo pode fazer com que alguns parlamentares mudem de posicionamento e passem a votar a favor do procedimento. Dono da maior bancada do Congresso, o PMDB será importante na contagem de votos para aprovar ou barrar o impedimento.
Em busca de apoio
Também na quarta-feira, haverá sessão no Supremo Tribunal Federal, onde corre as ações de Lula. A Corte deve se posicionar em relação ao destino dele no Governo em breve, se será ou não ministro da Casa Civil, como articulou Dilma. Atualmente, os processos relacionados ao ex-presidente estão nas mãos do ministro relator da Lava Jato, Teori Zawascki.
Ainda nesta semana, Lula inicia agenda de viagens pelo Brasil em busca de recuperação de sua popularidade e apoio contra o impeachment de Dilma. Ele estará em Fortaleza neste sábado, 2. Até o dia 17 de abril, quando deve o processo de deposição deve ser levado a Plenário na Câmara, o PT terá de correr para reduzir a pressão população contra o Governo e conquistar aliados, ainda que seja um a um. Eles precisam de 171 votos para enterrar o processo.
Contudo, mesmo que derrube esse pedido, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promete abrir outra ação de impedimento contra Dilma, desta vez, incluindo a delação do senador Delcídio Amaral. O processo deve ser apresenta ainda hoje pela entidade.
Fonte: Jornal O POVO
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