28 de março de 2016 - 11h15
Depois de mais de um ano vendendo a tese da oposição tucana de que o PT criou o esquema de corrupção na Petrobras, a Rede Globo tenta mascarar a sua parcialidade e coloca uma ex-funcionária do departamento financeiro da Odebrecht, Conceição Andrade para dizer em reportagem do Fantástico que o pagamento de propinas era uma prática antiga na empreiteira.
"Quando eu fui demitida da empresa, vieram dentro dos meus pertences pessoais. Quando eu cheguei em casa, eu percebi que tinha esses papéis da empresa. Eu não tive mais como devolvê-los. (...) Todos esses anos ficou [tudo] guardado", afirmou Conceição.
Questionada sobre o motivo de ter levado tanto tempo para divulgar os documentos, ela disse: "Eu fiquei com medo de retaliações, de agressões. Inclusive consultei algumas pessoas, e as pessoas me aconselharam a não mostrar... Resolvi tornar público [agora] pela situação que o país está passando, e eu vi que era uma oportunidade para contribuir para poder passar esse país a limpo".
Diferentemente do que costuma fazer quando nomes citados são ligados ao PT - mesmo quando se trata de um documento que não prova nada -, a reportagem não citou um nome sequer para garantir que não sofresse com a nova lei de direito de resposta. Apenas disse que em setembro de 2015, Conceição entregou o documento ao deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que o repassou à CPI da Petrobras.
Solla entregou os papéis ao Ministério da Justiça, que posteriormente os encaminhou à Polícia Federal, que por sua vez enviou à Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, no Paraná, porque seriam de interesse da Lava Jato.
Na semana passada, a força-tarefa da Lava Jato apreendeu na casa de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, outras listas de doações feitas pelo Grupo com pelo menos 284 políticos.
Do Portal Vermelho, Dayane Santos com informações do Fantástico
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