quarta-feira, 18 de junho de 2014

Produção de petróleo no Ceará volta a cair

A queda registrada no primeiro quadrimestre de 2014 foi gerada pelo menor desempenho dos campos marítimos

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De janeiro a abril deste ano foram produzidos 861,9 mil barris de petróleo em território cearense, segundo dados da ANP
FOTO: THIAGO GASPAR
Depois de ter revertido, no ano passado, a trajetória de queda na produção de petróleo que já vinha sendo registrada por nove anos, o Ceará voltou, em 2014, a ter redução nesta atividade. Nos quatro primeiros meses deste ano, o volume acumulado de óleo retirado dos campos terrestres e marítimos do Estado apresentou um decréscimo de 22,6% em relação a igual período do ano passado.
Foram produzidos, de janeiro a abril deste ano, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 861,9 mil barris de petróleo em território cearense, enquanto que, no mesmo intervalo de 2013, a produção havia sido de 1,1 milhão de barris. A queda, registrada em cada um dos quatro meses deste ano, foi motivada pelo menor desempenho dos campos marítimos.
Os quatro campos em mar (Atum, Curimã, Espada e Xaréu), localizados no litoral do município de Paracuru, dentro da Bacia do Ceará, são responsáveis pela maior parte do volume de petróleo produzido no Ceará e, neste primeiro quadrimestre, representaram 85% do total. Neste intervalo, o volume caiu de 967,8 mil barris, em 2013, para 729,7 mil barris, em 2014.
Trajetória de queda
Era exatamente o óleo vindo do mar que havia motivado a recuperação da produção petrolífera cearense no ano passado, fazendo com que o volume total quebrasse a trajetória de queda que se estendia desde 2004 chegasse a um incremento de 28,2% sobre 2012. Isso ocorreu mesmo com decréscimo na produção terrestre. O óleo é retirado em águas rasas no território cearense, com profundidades de até 50 metros. O Estado já possui poços perfurados em águas ultraprofundas, com profundidades superiores a 1.501 metros, mas estes não tiveram sua declaração de comercialidade expedida.
Já a produção em terra, que é feita na Fazenda Belém, localizada entre os municípios de Aracati, Icapuí e Jaguaruana, teve uma leve queda de 0,7% no quadrimestre, alcançando 132,2 mil barris. Ao menos, nesta área, a redução este ano foi bem menor que a do ano passado, quando chegou a 9,5%.
Petrobras
A redução ocorreu mesmo com a Petrobras tendo iniciado atividades no Ceará, tanto em terra quanto em mar, em águas rasas e profundas, com o intuito de recuperar a produção de campos já existentes e acrescentar novas fronteiras de exploração de óleo e gás. Conforme já havia informado, por meio de sua assessoria de imprensa, a estatal iniciou em março o projeto que visa aumentar a produção e o fator de recuperação de óleo do campo terrestre de Fazenda Belém, e também agregar reservas. O projeto, que começou com a construção de locações e acessos, prevê a perfuração de 72 poços.
Já em mar, a Petrobras tem projetos no campo de Espada, em águas rasas e também em águas profundas, com três poços já perfurados. Lá, será feita injeção de água, que busca aumentar o fator de recuperação e produção do campo. De acordo com o plano de desenvolvimento do campo, aprovado em julho passado pela ANP, a Petrobras deverá ainda perfurar oito poços neste campo e ainda construir uma nova plataforma de petróleo.
Sérgio de Sousa
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste

2 comentários:


  1. Vai ver que mais este pretexto é a razão para o abusivo preço cobrado pela gasolina aí em Icapuí , onde é praticado um roubo oficial a mão desarmada contra todos os icapuienses e visitantes (turistas como eu) que por aí passam e que são obrigados a comprar nos postos cartelizados existentes nesta cidade onde se comercializa gasolina a R$ 3,29 sujeita a aumento a qualquer momento. É brincadeira!!!

    Poucos sabem mais no site www.anp.gov.br as pessoas podem denunciar esta exploração que recai sobre todos que compram gasolina caríssima em Icapuí, basta notar o nª do CNPJ do posto e seu endereço de localização e denunciar anonimamente no site da ANP, com certeza a fiscalização cairá em cima para averiguar as denúncias dos preços abusivos e oportunistas cobrados, isto além de fazerem exames para saber se a gasolina, álcool e diesel não estão adulterados e é de ótima qualidade, o que não justifica o altíssimo preço cobrado.

    Fato que milhares de icapuienses não sabem é o porquê de não ter sido instalado os pardais e sim os obstáculos conhecidos popularmente por tartarugas na principal avenida da cidade? Explico, é porque toda vez que nós tolos motoristas reduzimos o automóvel e passamos bem devagar para não arrebentar todo o sistema de suspensão do carro ou moto, temos que engatar a primeira ou segunda marcha e acelerar para o carro pegar velocidade, ação esta que aumenta substancialmente o consumo de combustível por parte dos carros e motos que por ali transitam. Façam os cálculos, se forem capazes, e vejam se não aumentou o teu consumo. Afinal cartel é cartel e ponto final, isto até que o povo se reúna e denuncie indo a luta por nossos direitos (neste caso a união será através das denúncias a ANP).

    E aí icapuienses vocês querem gasolina mais barata na cidade de vocês?
    Então vão à luta através da internet denunciando através do site da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ou então continuem sendo explorados e surrupiados todas as vezes que você abastece naquela parada. Vocês não se acham espertos! !! Eu sei qual é a esperteza!!!

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  2. A propósito e em tempo faço uma correção a respeito do comentário anterior, a denuncia não é anônima para a ANP e sim para o denunciado, ou seja, o dono do posto não saberá quem são as pessoas que fizeram as denúncias. Portanto entre no site www,anp.gov.br e em seguida clique em Fale Conosco e logo abaixo faça sua denúncia. Sucesso para todos vocês!!!

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