A melhoria do salário dos professores também deverá receber uma boa parcela dos recursos do petróleo
Brasília.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que a educação
infantil e a melhoria do salário dos professores estão entre as
prioridades para a aplicação dos recursos dos royalties do petróleo.
Mercadante disse que o impacto dos recursos na educação ocorrerá a médio
prazo.
Mercadante
disse que o grande salto dos royalties vai começar a acontecer daqui a
quatro, cinco anos com a produção do Campo de Libra FOTO: AGÊNCIA BRASIL
"O
grande salto dos royalties vai começar a acontecer daqui a quatro,
cinco anos com a produção do Campo de Libra (na Bacia de Santos). Em
sete, dez anos, teremos volumes expressivos de aporte de recursos na
educação", disse em entrevista ao Bom Dia, Ministro.
Na
segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a lei que
destina 75% dos royalties do petróleo à educação e 25% à saúde. "Nesse
início, os recursos não serão tão significativos, mas, ainda assim,
nossa prioridade será aumentar os recursos do Fundeb e melhorar o
repasse para ajudar as prefeituras e estados a darem mais importância à
formação dos professores e melhorar salários".
Em relação à
educação infantil, o ministro lembrou que é preciso cumprir a
determinação de ter, até 2016, todas as crianças a partir dos quatro
anos de idade matriculadas na educação básica. O ministro disse ainda
que é preciso ter nos próximos anos 50% das crianças até 3 anos nas
creches. Hoje, só 23% delas estão nessas instituições.
A
ampliação das escolas de tempo integral e o pacto pela alfabetização na
idade certa também foram citados pelo ministro da Educação. O pacto
estabelece que todas as crianças até os 8 anos de idade sejam
alfabetizadas e tenham os conhecimentos adequados em matemática.
Mensalão
O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu ontem o direito aos
réus da Ação Penal 470, o processo do mensalão, a um segundo julgamento
ao ser perguntado por jornalistas sobre o assunto.
Em entrevista
na terça-feira, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que aguarda
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os embargos infringentes
impetrados por sua defesa, disse que pretende recorrer à Corte
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos
(OEA).
Pelo entendimento de advogados, José Dirceu poderá
recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos alegando que é
preciso ser julgado por um segundo tribunal, além da Suprema Corte.
Fonte: Diário do Nordeste
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