O Brasil foi descoberto no Aracati
É motivo de orgulho para os aracatienses a teoria do historiador Pompeu
Sobrinho segundo o qual “O Brasil teria sido descoberto no Aracati, (na praia
de Ponta Grossa, hoje essa praia faz parte da cidade de Icapuí) a 02 de
fevereiro de 1500 (Dois meses antes do desembarque de Pedro Álvares Cabral em
Porto Seguro, na Bahia), pelo navegador espanhol Vicente Yanez Pinzon, que
aportara no lugar Ponta Grossa ou Jabarana ( então, Cabo de Santa Maria da
Consolacion). Alguns historiados dão créditos a esta informação, porém muitos
afirmam que o local onde Pinzon aportou poderia ser outra “Ponta” no litoral.
Mesmo sem a certeza da comprovação da teoria anterior, podemos afirmar que o
povoamento da região onde hoje se encontra a cidade de Aracati iniciou-se
através de uma campanha, do Capitão-Mor Pero Coelho de Souza no sec XVII, que partiu
da Paraíba para o fim de empreender a conquista da Ibiapaba onde os franceses
mantinham comércio com os índios Tabajara. Sua expedição dividia-se em dois
grupos, enquanto um seguia diretamente para o Rio Jaguaribe o outro sob a
chefia do capitão-mor atingia o mesmo ponto por terra.
A hostilidade dos
índios aqui existente na época obrigou o chefe da comissão a demorar-se aqui
com o objetivo de pacificar-se o território. Para isso mandou erguer um fortim,
a que deu o nome de São Lourenço, por ser este o santo do dia- 10 de agosto de
1603-tratando-se de local seguro para as embarcações, esse ponto veio a ser
chamado de São José do Porto dos barcos e sucessivamente Cruz das Almas, e
Santa Cruz do Aracati. Mais tarde com a expulsão dos holandeses do Recife,
colonos portugueses, pernambucanos e paraibanos instalaram-se na várzea do Rio
Jaguaribe. Com esse fluxo de imigrantes começou a desenvolver-se o lugarejo,
construindo-se de pronto,em centro de interesse comercial. “ Em seus primeiros
dias de povoado – possuidor de enormes charqueadas e onde pela primeira vez se
explorou a indústria de carne seca no Brasil, fez convergir para seu núcleo não
pequeno número de forasteiros, dando margem a que o comércio,não só de charque,
como de couros salgados de boi , vaquetas, couros de cabra, e pelicas brancas
se desenvolve-se de modo assombroso , transformando-se em pouco tempo a face do
humilde arraial que se tornou um dos mais procurados e populosos daquelas eras
então da capitania”.
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