segunda-feira, 12 de março de 2012

Sindicatos dizem que 17 Estados não pagam o piso salarial dos professores


Docentes vão paralisar atividades por três dias para exigir cumprimento da lei


Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) diz que 17 Estados não pagam o novo piso nacional dos professores, de R$ 1.451, e 18 não respeitam a jornada extraclasse, que prevê que 33% do tempo de trabalho dos docentes sejam utilizados para atividades como correção de provas, preparação de aulas, formação profissional, entre outras.
De acordo com a entidade, os únicos Estados que cumprem a Lei do Piso são Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e São Paulo, além do Distrito Federal. Os sindicatos filiados à CNTE, responsáveis pelo balanço, não conseguiram levantar informações sobre o salário no Amazonas e no Rio de Janeiro.
O levantamento é diferente de outro divulgado na semana passada pela Agência Brasil, baseado em informações das secretarias estaduais de Educação. A reportagem apontou que são nove os Estados cujos docentes não vão receber na folha de pagamento de março valor igual ou superior ao definido pela lei.
Para cobrar o pagamento do novo piso, professores da rede pública devem paralisar as atividades de quarta (14) a sexta-feira (16). Nesta terça (13), a CNTE e suas entidades filiadas dão início à mobilização com um "twittaço" usando a hashtag #Opisoelei.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.
Para a CNTE, no entanto, o piso para este ano deveria ser de R$ 1.937,26. A entidade considera, entre outros critérios, a atualização monetária em 2009 (primeiro ano de vigência efetiva da lei) e a incidência de 60% para pagamento dos salários dos educadores, decorrente das complementações da União feitas através das Medidas Provisórias 484/2010 e 485/2010.
Os sindicatos também cobram a adequação dos vencimentos dos docentes à Lei do Piso. A remuneração, embora em alguns casos seja maior que o piso, reúne gratificações e outros benefícios pagos aos professores.
Fonte: O Estado de SP

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