terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dilma pede que ministérios tenham monitoramento de atividades em tempo real

Segundo o porta-voz da Presidência, a intenção é promover uma "verdadeira reforma do Estado" permitindo que os gastos estejam à disposição da população


Dilma Rousseff, ladeada pelo vice-presidente, Michel Temer, e pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, comanda a reunião ministerial (Foto: José Cruz/ABr)










A presidenta da República, Dilma Rousseff, pediu na segunda-feira (23), na abertura da primeira reunião ministerial de 2012, que cada ministério desenvolva até junho um modelo de monitoramento eletrônico, em tempo real, no qual todos os gastos e transações de cada pasta possam ser vistos e cobrados na hora pelo governo. A ideia do Planalto é tentar aumentar a transparência e evitar fraudes em convênios.
De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, o pedido de Dilma faz parte de um projeto "revolucionário, progressista, e absolutamente indispensável para a verdadeira reforma do Estado". Segundo ele, a presidente pretende transformar o Estado brasileiro em uma ferramenta "mais profissional e meritocrática" evitando a demissão de servidores e a perda de direitos previdenciários.
A medida chega em um momento no qual cresce a cobrança para que o Brasil, um país onde a carga de impostos é muito elevada, consiga transformar essa verba em serviços reais para uma população que, em grande medida, sofre com serviços precários em setores como saúde e educação. Na segunda-feira, o Jornal Nacional divulgou os resultados de uma pesquisa que compara o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos 30 países com cargas tributárias mais altas. O Brasil ficou em último lugar. Segundo o Ministério da Fazenda, a prova de que os impostos são devolvidos para a população é a redução no número de pessoas abaixo da linha da pobreza no país, que segundo a pasta caiu de 26% para 12% entre 2002 e 2010.
Após a reunião ministerial de segunda, o porta-voz da Presidência disse que com a cobrança maior por parte da população quanto à oferta de mais serviços públicos, é necessário que o governo ofereça melhores serviços. “Isso não é uma questão básica de reforma do Estado. Isso é como fazer com que o Estado dê serviços melhores para a população”. O governo não divulgou detalhes de como funcionará esse serviço de monitoramento e nem a partir de quando ele estará disponível.
A reunião começou às 17h17 e, após a exposição da presidenta Dilma Rousseff, falou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, seguido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Dos 38 ministros do governo, apenas Garibaldi Alves, da Previdência Social, que ainda está de férias, e Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, que está em missão oficial na Europa, não participaram do encontro.
Fonte: Revista Época

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