A morte de um cinegrafista no exercício de sua profissão

Gelson Domingos

A nossa solidariedade à família do cinegrafista da TV Bandeirantes , Gelson Domingos, de 46 anos, morto neste domingo durante a cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque na Favela de Antares, Zona Oeste do Rio, para recuperar a área do domínio de traficantes.

Domingos, apesar de usar colete a prova de balas, ao ser atingido por um tiro de fuzil no peito, não resistiu. Em nota, a direção da Rede Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista e disse que sempre toma todas as precauções para este tipo de cobertura, acrescentando que Gelson Domingos usava colete à prova de balas no momento em que foi atingido.

A morte de Domingos motivou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) a divulgar uma nota. “O trágico episódio reforça em toda a sociedade o sentimento de gratidão e de solidariedade a todos os profissionais de todas as categorias que, como Gelson, arriscam-se em suas tarefas diárias em prol dos brasileiros”, informa o texto.

Tragédia

O caso foi comentado pela presidenta do Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, Suzana Blass, que alega que a morte do cinegrafista foi uma tragédia anunciada. De acordo com a dirigente, os coletes fornecidos pelas empresas de comunicação não resistem a tiros de fuzil. Em resposta, a emissora informou, entretanto, que , desde 2004, seus funcionários usam o colete III-A, modelo de maior capacidade de proteção, autorizado pelas Forças Armadas para utilização por civis.

Lamentamos mais esta morte de um jornalista no exercício de sua profissão. Vale lembrar que perdemos Domingos no corajoso enfrentamento do perigo, na busca de imagens que revelam a barbárie das áreas ocupadas pelo tráfego.

Fonte: Facebook

Visto no blog do Zé Dirceu