terça-feira, 31 de maio de 2011

Expectativa é boa para pesca da lagosta

Amanhã, devem partir para primeira pesca do ano, 1. 972 embarcações, licenciadas no Estado, estão preparadas

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Embarcações licenciadas já foram devidamente preparadas para a pesca do crustáceo que será iniciada amanhã
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Após seis meses de espera, as 1.972 embarcações licenciadas para apreensão da lagosta no Ceará já estão com seus conveses abarrotados de manzuás para pesca do produto. Isso porque, termina amanhã o período do defeso da espécie iniciado em dezembro último. Somente do Cais Pesqueiro, no Mucuripe, devem sair aproximadamente 70 barcos.

"Cada um deve levar uma média de 300 manzuás, e uns seis tripulantes. Há mais ou menos um mês aceleramos os preparativos para a primeira pesca do ano", disse o presidente da Cooperativa dos Armadores de Pesca do Ceará (COOPACE), João Cláudio Matias Rodrigues.

Os pescadores devem passar em torno de 15 a 25 dias no mar, e esperam voltar com um saldo positivo do produto, devido as chuvas que cairam desde fevereiro. Porém alguns armadores alertam as autoridades responsáveis pela fiscalização com relação a outras embarcações que já estão em alto mar. "Enquanto a gente espera até amanhã, tem gente já no mar, e quando chegar dia 3 já estão em terra cheios de lagosta", denunciou Raimundo Gomes, 45 anos.

O secretário da Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará, Flávio Bezerra, informou que uma das formas de se evitar a compra dessa lagosta pescada durante o defeso, será o Certificação Internacional da Lagosta concedida pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Semana passada conversamos com a comissão, e ainda este ano essa certificação deve sair".

Bezerra explicou que todo crustáceo adquirido pelas indústrias de beneficiamento, hotéis e restaurantes, só serão comercializados se tiverem essa certificação. "A lagosta será vendida com mais qualidade, uma garantia para o consumidor, e será morta somente quando chegar para o consumo".

Apreensões
O chefe da fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rolfran Cacho Ribeiro, disse que em seis meses foram apreendidas quatro embarcações e 450 quilos de lagosta. As fiscalizações foram feitas em parceria com a Companhia de Polícia do Meio Ambiente (CPMA) e Polícia Federal. "Temos um litoral muito extenso com 573 km, mais de 3 mil embarcações ilegais, pouco efetivo e material para fiscalizar. Para se ter uma ideia da situação, as apreensões de redes caçoeiras e compressores só aumentou", disse Rolfran.


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

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