O que se observa é “os falsos profetas da educação” no
Brasil pregando falsas fórmulas para a educação, como se resolvesse no passe de
mágica. Aliás, sempre falo que educação entende quem a vivencia no dia a dia. É
muito cômodo falar de educação quando não sua camisa de professor, nem veste a
camisa número 10, ficam no bando dando uma de sabido.
Os que estão no banco de reserva pregam que a educação de
qualidade será alcançada mais tempo do aluno na sala de aula, é balela, uma
aula bem dada vale mais do que horas de sala de aula. Por exemplo, uma aula de
campo onde o professor de história leva seus alunos para um sítio arqueológico,
no caso de Apodi-Rn, é uma aula inesquecível, o aluno vivencia in loco a
experiência dos nossos ancestrais que povoaram o nosso continente.
No passado não muito distante os alunos aprendiam nas horas
normais, e o resto da aprendizagem acontecia em casa. Havia uma consciência que
estudar garantia o futuro, hoje falta essa vontade dos alunos estudarem, pois
as facilidades são inúmeras e isso tem acomodado os alunos. Progressão
automática é um absurdo, o aluno passa o ano todo brincando e no final é
aprovado. Vale ressaltar que a educação tradicional primava apenas pelos
conhecimentos e excludente, porém nem tudo da educação tradicional era ruim.
Nos dias atuais os conhecimentos são mínimos, sem
criticidade, não existe uma interação entre conhecimentos e realidade.
Outros estudiosos da educação apontam salário do professor
como causa da má qualidade da educação, e não é
bem assim os fatos, melhorar salário de professor sem compromisso é
jogar pérolas aos porcos, é preciso ter amor pelo que faz, uma regra básica
para qualquer profissão.
Muita gente opina sem conhecer os problemas da educação,
qualquer uma posta de professor sem conhecer a didática, vão para a sala de
aula na maior cara de pau.
O que vai transformar a educação são as prioridades locadas
no lugar certo, temos que chegar a raiz dos problemas da educação, acabar com
experimentos na educação, os alunos não
são ratos de laboratório.
Apenas uma lei melhoraria a educação, sem muita demagogia,
obrigar os políticos a colocarem seus filhos na escola pública, em poucos anos
veríamos a revolução na educação. Os políticos querem ganhar dos cofres
públicos, mas não querem apostar na educação pública colocando seus filhos na
mesma, porque sabem que a educação pública é órfão de pai e mãe.
A elite brasileira não tem interesse por uma educação de
qualidade, seus filhos estão na escola particular, por que se preocupar com a
educação do povo carente? Na visão dos técnicos da elite basta garantir aos
filhos dos trabalhadores uma educação básica, profissionalizante.
A educação no Brasil tem chegado aos mais carentes, no
entanto, sem qualidade, falta criticidade. Alunos terminando o ensino médio
afirmar que só vota em quem der alguma coisa é muito triste para o professor e
educador. Dói na alma do educador e o faz se questionar meu deus o que faço
aqui? Por isso muitos desistem da profissão.
Como os educadores são feitos de um metal mais leve e resistente,
superam essas intempéries do dia a dia da educação.
Fonte: Blog do professor Wellington Pinto
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