Somente no salão gastronômico, durante dois dias, foram comercializados 300kg do crustáceo
Icapuí. Sendo
a lagosta elemento principal da economia e do modo de vida dos
moradores da comunidade de Redonda, uma das mais belas praias deste
município, localizado a 202 km da capital cearense, foi realizada neste
último fim de semana a 8ª edição do Festival da Lagosta. O primeiro
evento deste tipo ocorreu no ano de 2004.
A
iguaria atraiu milhares de turistas e apreciadores da gastronomia.
Foram 16 estandes que ofereceram ao público pratos diversificados,
discutidos em reuniões de planejamento para ofertar opções diferenciadas
FOTO: ELLEN FREITAS
O Festival teve o intuito de valorizar,
econômica e culturalmente, as comunidades pesqueiras locais, como
também fomentar o turismo da região. A grande atração do evento, que
teve a boa música como pano de fundo, foi o salão gastronômico. Nele os
expositores puderam proporcionar experiências únicas aos visitantes que
degustaram da gastronomia local.
A estimativa de público superou a
expectativa dos idealizadores, contando com a participação diária de
cerca de duas mil pessoas, somente no salão gastronômico. Segundo o
promotor do evento, Adriano Lima, durante os dois dias foram
comercializados no local 300 kg da iguaria.
Este ano foram 16
estandes com receitas variadas tendo como elemento principal a lagosta.
São pratos à base do crustáceo, elaborados por cozinheiros das
comunidade locais que trabalham nos restaurantes e hotéis integrantes da
Associação do Grupo de Desenvolvimento do Turismo em Icapuí (GDTur),
que deu o ponta pé inicial para consolidar o Festival.
Para o
diretor da GDTur, Geraldo Menezes, através de incentivos do Sebrae, os
micros e pequenos empresários de Icapuí que atuam no setor hoteleiro e
de restaurantes, idealizaram o evento para valorizar o potencial
gastronômico do município.
"Icapuí é uma das poucas cidades do
Estado onde há faixas litorâneas ainda inexploráveis. São praias
paradisíacas, com um povo muito caloroso e receptivo. Nosso potencial
turístico é muito forte e o festival veio para valorizar o município,
que tem a lagosta como expoente do desenvolvimento das comunidades
pesqueiras", avalia Menezes.
Diversão
O
Festival teve início na última sexta-feira, com abertura do salão
gastronômico. Completando a programação, shows musicais com atrações
locais. A música popular brasileira embalou as noitadas do evento.
No
sábado, a programação seguiu também o mesmo roteiro, mas a novidade
deste ano foi as trilhas nas dunas de Ponta Grossa. Os visitantes tinham
a opção de assistir, de uma visão privilegiada, o pôr do sol na cidade
ao extremo do Ceará. A praia oferece aos visitantes trilhas nas mais
diversas épocas do ano, com guias especializados.
Pela primeira
vez participando do evento, o jornalista Hugo Renan Nascimento conta que
se surpreendeu com a variedade e qualidade dos pratos. "As porções eram
bem servidas, a um custo muito acessível de R$10 cada porção. As
receitas eram bem diferenciadas, algumas serviam a lagosta como prato
principal e outras como acompanhamento. A gastronomia do evento foi
muito boa, gostei muito".
Variedade
Foram
mais de 16 pratos, todos discutidos em reuniões de planejamento para o
Festival, de modo que o salão gastronômico pudesse oferecer opções
diferenciadas, que posteriormente, serão servidas nos hotéis de seus
expositores. Uma dessas receitas destacadas por Nascimento foi a lagosta
com manjericão e abacaxi, feita por uma cozinheira local.
"Como
se fosse um moqueca de lagosta, com o sabor forte do manjericão no
início e no fim a acidez do abacaxi, sem o suco do abacaxi, apenas com
ele em pedaços. Foi muito bom", ressalta.
Como dica para a
próxima edição o jornalista frisa que os responsáveis para criação dos
pratos poderiam dar nomes às suas criações. "É uma forma de valorizar as
cozinheiras e a própria comunidade", finaliza.
O promotor do
evento, Adriano Lima, ressaltou que o evento percorre outras praias.
"Não é só em Redonda, mas o festival procura reunir outras comunidades,
levando a estrutura de palco e os estandes para outras localidades,
assim visando também reunir mais parceiros. O festival já passou pelas
praias de Barreiras e Barra da Sereia e na próxima edição já vamos
buscar outros locais", revela.
O dono de barraca na praia de
Ponta Grossa, Eliabe Crispim, comemorou por mais um ano a realização do
evento, que resultou no aumento de turistas no local. "O evento reúne
várias comunidades de Icapuí, as pessoas participam, os pescadores, as
marisqueiras e isso só engrandece as nossas comunidades", afirma.
A
8ª edição do Festival foi encerrada com uma grande regata na Praia de
Ponta Grossa. No evento participaram 18 embarcações. A competição
premiou, em dinheiro, os 10 primeiros colocados. As embarcações que
ficaram nas primeiras colocações foram Abelha, Melissa e Carol.
Ellen Freitas
Fonte: Diário do Nordeste
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