segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Festival da Lagosta atrai mais de quatro mil pessoas

Somente no salão gastronômico, durante dois dias, foram comercializados 300kg do crustáceo
Icapuí. Sendo a lagosta elemento principal da economia e do modo de vida dos moradores da comunidade de Redonda, uma das mais belas praias deste município, localizado a 202 km da capital cearense, foi realizada neste último fim de semana a 8ª edição do Festival da Lagosta. O primeiro evento deste tipo ocorreu no ano de 2004.

A iguaria atraiu milhares de turistas e apreciadores da gastronomia. Foram 16 estandes que ofereceram ao público pratos diversificados, discutidos em reuniões de planejamento para ofertar opções diferenciadas FOTO: ELLEN FREITAS

O Festival teve o intuito de valorizar, econômica e culturalmente, as comunidades pesqueiras locais, como também fomentar o turismo da região. A grande atração do evento, que teve a boa música como pano de fundo, foi o salão gastronômico. Nele os expositores puderam proporcionar experiências únicas aos visitantes que degustaram da gastronomia local.

A estimativa de público superou a expectativa dos idealizadores, contando com a participação diária de cerca de duas mil pessoas, somente no salão gastronômico. Segundo o promotor do evento, Adriano Lima, durante os dois dias foram comercializados no local 300 kg da iguaria.

Este ano foram 16 estandes com receitas variadas tendo como elemento principal a lagosta. São pratos à base do crustáceo, elaborados por cozinheiros das comunidade locais que trabalham nos restaurantes e hotéis integrantes da Associação do Grupo de Desenvolvimento do Turismo em Icapuí (GDTur), que deu o ponta pé inicial para consolidar o Festival.

Para o diretor da GDTur, Geraldo Menezes, através de incentivos do Sebrae, os micros e pequenos empresários de Icapuí que atuam no setor hoteleiro e de restaurantes, idealizaram o evento para valorizar o potencial gastronômico do município.

"Icapuí é uma das poucas cidades do Estado onde há faixas litorâneas ainda inexploráveis. São praias paradisíacas, com um povo muito caloroso e receptivo. Nosso potencial turístico é muito forte e o festival veio para valorizar o município, que tem a lagosta como expoente do desenvolvimento das comunidades pesqueiras", avalia Menezes.

Diversão
O Festival teve início na última sexta-feira, com abertura do salão gastronômico. Completando a programação, shows musicais com atrações locais. A música popular brasileira embalou as noitadas do evento.

No sábado, a programação seguiu também o mesmo roteiro, mas a novidade deste ano foi as trilhas nas dunas de Ponta Grossa. Os visitantes tinham a opção de assistir, de uma visão privilegiada, o pôr do sol na cidade ao extremo do Ceará. A praia oferece aos visitantes trilhas nas mais diversas épocas do ano, com guias especializados.

Pela primeira vez participando do evento, o jornalista Hugo Renan Nascimento conta que se surpreendeu com a variedade e qualidade dos pratos. "As porções eram bem servidas, a um custo muito acessível de R$10 cada porção. As receitas eram bem diferenciadas, algumas serviam a lagosta como prato principal e outras como acompanhamento. A gastronomia do evento foi muito boa, gostei muito".

Variedade
Foram mais de 16 pratos, todos discutidos em reuniões de planejamento para o Festival, de modo que o salão gastronômico pudesse oferecer opções diferenciadas, que posteriormente, serão servidas nos hotéis de seus expositores. Uma dessas receitas destacadas por Nascimento foi a lagosta com manjericão e abacaxi, feita por uma cozinheira local.

"Como se fosse um moqueca de lagosta, com o sabor forte do manjericão no início e no fim a acidez do abacaxi, sem o suco do abacaxi, apenas com ele em pedaços. Foi muito bom", ressalta.

Como dica para a próxima edição o jornalista frisa que os responsáveis para criação dos pratos poderiam dar nomes às suas criações. "É uma forma de valorizar as cozinheiras e a própria comunidade", finaliza.

O promotor do evento, Adriano Lima, ressaltou que o evento percorre outras praias. "Não é só em Redonda, mas o festival procura reunir outras comunidades, levando a estrutura de palco e os estandes para outras localidades, assim visando também reunir mais parceiros. O festival já passou pelas praias de Barreiras e Barra da Sereia e na próxima edição já vamos buscar outros locais", revela.

O dono de barraca na praia de Ponta Grossa, Eliabe Crispim, comemorou por mais um ano a realização do evento, que resultou no aumento de turistas no local. "O evento reúne várias comunidades de Icapuí, as pessoas participam, os pescadores, as marisqueiras e isso só engrandece as nossas comunidades", afirma.

A 8ª edição do Festival foi encerrada com uma grande regata na Praia de Ponta Grossa. No evento participaram 18 embarcações. A competição premiou, em dinheiro, os 10 primeiros colocados. As embarcações que ficaram nas primeiras colocações foram Abelha, Melissa e Carol.

Ellen Freitas
Fonte: Diário do Nordeste

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