Foi
deflagrada na manhã desta terça-feira (11), em Mossoró, pelo Ministério Público
Estadual, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, a Operação Cangueiros.
Foram cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e
apreensão contra proprietários de Centros de Formação de Condutores e
funcionários públicos que trabalham no DETRAN/Mossoró entre eles o Diretor do
DETRAN de Mossoró, Jader Luiz Henrique da Costa. A operação decorreu de
investigação promovida pelo GAECO.
Segundo
as investigações, todos os envolvidos faziam parte de uma quadrilha que agia em
Mossoró, Tibau, Assú e Alexandria fraudando diversas etapas do processo de
emissão da Carteira Nacional de Habilitação - CNH´s. As irregularidades
aconteciam desde o registro falso da presença dos interessados às obtenção de
CNH nas aulas teóricas à facilidades nos testes escritos, práticos, psicológicos
e exames médicos. Isso possibilitou que pessoas analfabetas, por exemplo, ou com
algum grau de deficiência visual conseguisse obter sua Habilitação.
A
fraude envolvia além do presidente do DETRAN e servidores públicos daquele
órgão, os proprietários dos Centros de Formação de Condutores SIGA, PARADA
OBRIGATÓRIA, PILOTO e PITÉU. O esquema funcionava com a captação de interessados
à obtenção de CNH, os quais não precisavam assistir às aulas teóricas e/ou eram
favorecidos nas provas escritas e práticas. Em muitos casos os gabaritos da
prova teórica eram entregues em branco para posteriormente serem preenchidos
pelos integrantes da quadrilha. Além disso, os aspirantes a condutores tinham
acesso antecipadamente aos testes psicológicos e eram aprovados nos exames de
visão ainda que apresentassem algum tipo de problema que o incapacitasse à
aptidão no referido exame. Nem mesmo os testes de direção, muitas das vezes
precisavam ser feitos.
A
quadrilha possuíam uma tabela com os valores para os favorecimentos que iam
desde a aulas para o psicoteste, no valor de R$ 200,00, à aprovação no teste de
volante por R$ 250,00 e até R$ 4.000,00 para as demais etapas do processo. A
investigação demonstrou que o principal alvo da quadrilha eram os
analfabetos.
Entre
os crimes praticados estão formação de quadrilha (art. 288 do CP), inserção de
dados falsos em sistema de informação (art. 313-A) e corrupção passiva e ativa
(arts. 317 e 333 do CP).
A
Operação Cangueiros contou com o apoio de 24 Promotores de Justiça do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), 120 agentes da Polícia
Rodoviária Federal e de 12 Policiais Militares. Além das prisões temporárias,
foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró,
Tibau,
Assú, Alexandria e Aracati/CE.
Fonte: Matéria Diário de Natal e foto O Câmera
Visto no blog Peixe Gordo News
Fonte: Matéria Diário de Natal e foto O Câmera
Visto no blog Peixe Gordo News
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