sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Deputado federal José Airton avalia em plenário os novos indicadores do IBGE

    
              


Para o Deputado, os dados mostraram, em que pese ao avanço nas últimas décadas do nosso Estado, que essa evolução foi lenta, sobretudo muito aquém do que precisaria para superar as desigualdades em relação à média brasileira, “muito ruim por sinal”.
José Airton explica que a evolução dos indicadores do Ceará, “em que pesem, os avanços e as conquistas”, está muito longe do aceitável. Há indicadores graves. O índice de analfabetismo do Ceará, por exemplo, ainda está em 17,2%, o dobro da média nacional — 9% — e igual ao índice de Botsuana, um país da África.

“Somos o 13º Estado em percentual de desigualdade da Federação. Isso demonstra, em que pesem os avanços e as conquistas, que temos muito que avançar para melhorar, para superar essa desigualdade grave. Os índices do Ceará são os piores do Nordeste, inclusive, sendo que a renda dos mais ricos supera 68 vezes a dos mais pobres”.

O Deputado anuncia a luta que ainda temos que enfrentar, como um grande desafio e chama o Governador do Estado, Cid Ferreira Gomes, junto com a bancada do Ceará e o Governo Federal, para que juntos possam empreender mais esforços no sentido de diminuir essa desigualdade brutal que existe em um Estado secularmente dominado pela miséria, pela pobreza, pela fome, que ainda afeta boa parte dos cearenses.

O Deputado cita dados publicados na imprensa que devem ser observado como o do Jornal O Povo que divulgou a questão do analfabetismo, pois a medida que a idade avança, o analfabetismo se agrava no Ceará. De acordo com os dados do pelo IBGE, entre os jovens de 15 a 19 anos, a taxa de analfabetismo é de 3,6%. De 20 a 29 anos, o índice sobe para 6,6%. Entre os 30 e 39 anos, vai para 15,5%, chegando a 22,3% entre os 40 e 49 anos. Dos 50 aos 59, cresce para 30,4%. A partir de 60 anos, a situação é alarmante, com 45,9%. Na idade em que deve ocorrer o processo de alfabetização, entre cinco e nove anos, a taxa de analfabetismo foi de 34,8%.

Outro índice relevante revelou que 31,5% da população branca do Estado recebe um salário mínimo ou menos de renda. Entre os negros cearenses, o índice salta para 43,8% que integram a parcela mais pobre dos cearenses. Do lado inverso da pirâmide social, os brancos com renda superior a 20 salários mínimos representam 0,39% do total do segmento. Pouco, sem dúvida. Mas o percentual é, ainda assim, mais de sete vezes maior que os 0,05% de negros que possuem esse nível de renda. Em média, a renda dos brancos - R$ 1.066 - é quase o dobro dos R$ 569 recebidos pelos negros. O analfabetismo entre os brancos é de absurdos e inaceitáveis 22%. Entre os negros, o percentual atinge 30,5%. Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) atesta que os negros, no Ceará, possuem relações de trabalho bem mais precárias que o resto da população, em média.

“Eu mesmo fui candidato a Governador do Estado duas vezes. Na última, perdi a eleição por 3 mil votos. Foi uma eleição extremamente disputada. Naquela oportunidade, já questionávamos o modelo concentrador e excludente de renda que acontecia no Ceará. Dizíamos que a solução era primeiro investir na educação, na formação, na qualificação, na preparação do nosso povo; investir no setor produtivo do Estado, no turismo, no processo de desenvolvimento, de infraestrutura, a fim de qualificar o Estado para os investimentos necessários ao desenvolvimento daquele ente federado”, disse.

“Por isso, estamos apresentando esses novos índices do IBGE com tristeza. Precisamos continuar essa luta para melhorar ainda mais a atual situação”, finaliza José Airton.

Fonte: Site do Dep. federal José Airton/PT-CE

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