Estação Digital Caiçara oferece formação para crianças de 7 a 14 anos |
Contribuir com o desenvolvimento das crianças, estimular o
empreendedorismo local e levar a inclusão digital para o município de Icapuí,
no Ceará. Esses são alguns dos pilares da Estação Digital Caiçara, inaugurada
há oito anos.
No local são oferecidos curso de Informática Básica,
palestras, oficinas e seminários nas áreas de História, Memória, Cidadania e
Meio Ambiente. O espaço de inclusão digital já capacitou mais de 300 crianças
entre sete e 14 anos, e ofereceu acesso à internet para cerca de 500 pessoas.
“Já tivemos aqui na Estação Digital alguns alunos que já
chegaram ao ensino médio, e outros estão fazendo universidade. Sempre
procuramos saber se o projeto esta contribuindo com o desenvolvimento das
crianças que estão aqui. A oportunidade dada agora às crianças gera
possibilidades maiores quando adultas, um bom emprego, bom desenvolvimento,
perspectiva de vida”, contou Antônio Lopes, coordenador da Estação Digital
Caiçara.
Oficina de Meio Ambiente também é oferecida na instituição |
Atualmente a Estação Digital tem as parcerias da Associação
Caiçara de Promoção Humana, da Petrobrás, da Paróquia Nossa Senhora da Soledade
e da Brasil Fundation. Antônio Lopes relata que apesar das parcerias a Estação
Digital precisa de algumas melhorias. “Precisamos de computadores mais atuais
para atender a grande demanda da comunidade, um estrutura melhor da sala e uma
conexão de internet mais veloz”.
A educadora social, Ana Paula da Silva Lima desenvolve na
Estação Digital um projeto chamado “Brincando no Presente para Ser Cidadão no
Futuro”, onde mulheres da região produzem mercadorias, como doces, geleias,
pães, artesanatos e farinhas, para comercializar, com intuito de gerar renda e
desenvolver financeiramente a comunidade. O projeto foi contemplado em 2010,
com o prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, com a tecnologia
social: Cultivo Sustentável de Algas Marinhas. A premiação foi de R$ 50 mil,
que foi investida em infraestrutura do local onde as mulheres se encontram para
produzirem os produtos. Em 2012, o projeto foi escolhido para ser apresentado
no Ministério do Meio Ambiente, pelo trabalho desenvolvido na transformação de
algas marinhas em alimentos e cosméticos.
“Eu mais aprendi do que ensinei. É um aprendizado constante
com as crianças”, conta a educadora social Ana Paula Lima.“Nesse processo de educadora social, a gente subestima muito
as pessoas”. Eu mais aprendi do que ensinei. É um aprendizado constante com as
crianças e estou avaliando com mais carinho tudo a minha volta a cada dia. “É
muito gratificante estar aqui na Estação Digital e poder estar contribuindo
para a transformação da minha comunidade”, finalizou Ana Paula Lima.
Por: Ana Carolina Silva
16/04/2013
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