Do Professor Wellington Pinto
O tempo vai passando e as coisas continuam do mesmo jeito, talvez pior. As Instituições que deveriam defender o Cidadão, não cumpre esse papel, como são feitas por pessoas, acaba se degenerando em nome do poder material.
A família já foi um referencial no passado, educava os filhos dentro daquela moralidade tradicional, mas servia, pois aprimorava o caráter do indivíduo para conviver em sociedade. Havia um respeito dos filhos com os pais e dos pais com os filhos. Hoje a família esfacelou, perdeu-se o respeito dos membros da família. Dentro do mesmo teto “con-vivem” pessoas estranhas que falam línguas diferentes.
A religião católica agregava os jovens em torno dela. O catecismo de perguntas e respostas que as crianças eram obrigadas a decorar servia para orientar dentro da moral cristã. As missas dominicais os jovens lotavam as igrejas e participavam do culto. Hoje só os mais velhos participam, com raras exceções de jovens que nos moldes da formação das famílias tradicionais que educaram seus filhos a participarem dos momentos litúrgicos. A grande maioria curte a novela “salve Jorge”, ou se distraem no face, estudar que é bom só em dias de provas.
A política partidária nunca foi séria, no passado pelo menos os que estudavam sabiam diferenciar o joio do trigo e tinham até uma paixão de participar da vida política. Vale salientar que a corrupção sempre existiu na política, até com mais intensidade, só que não chegava ao Cidadão porque não tínhamos uma imprensa investigativa como temos hoje, por mais sacana que seja as nossas redes sociais, sabemos dos escândalos políticos e financeiros dos nossos “representantes” através dessa mídia perversa. Os rombos ao erário público são vergonhosos e tudo termina em pizza. Diante desse quadro nefasto os jovens detestam política, tem nojo, não querem falar, se omitem de participar da vida pública.
A sociedade corrompida pelas drogas, violência, pobreza, miséria, prostituição, tráfego de mulheres e crianças, favelamento urbano, fome, seca..., se fossem enumerar as mazelas da sociedade brasileira não seria um artigo, mas uma enciclopédia de criminologia social.
Diante dessa sociedade doentia o Cidadão perde a esperança, olha de um lado, do outro, e não ver luzes no final do túnel, o que fazer? Entregar os pontos não é a solução, acreditar por mais difícil que seja, acreditar com esperança e participação política, SER diferente do resto indiferente.
Quando chegamos em uma casa e a encontramos completamente bagunçada, leva certo tempo para colocarmos tudo em ordem. O imediatismo, eu compreendo, está sendo gerado pela ansiedade, depois de tantos anos de marasmo. Entretanto, é necessário um pouco de paciência para que a casa seja colocada em ordem e as coisas comecem a acontecer. As decepções, na maioria das vezes, são frutos do imediatismo, por não termos a compreensão do que acontece no ambiente político. Muita coisa vai mudar em Icapuí, e vai mudar para melhor, ainda que, no início, as coisas pareçam complicadas e as medidas tomadas pareçam antipáticas, mas eu acredito que estamos no caminho certo.
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